Em meu percurso da minha casa ao curso, sempre passo em frente a uma praça que antes era muito abandonada, não havia nenhum responsável, dava medo só de passar pela calçada e provavelmente havia muitos ratos e os vizinhos reclamando. Após as férias de junho as rotinas voltaram, e como o de sempre fiz a minha longa jornada andando a pé até o curso, me deparei que poucas coisas mudaram e as pessoas que encontro pelo caminho é os mesmos de sempre, só que o número de carros aumentou. De longe observei um lugar lindo e bem limpo, parecia um outro mundo, até me questionei em estar na rua errada, porém me deparei que estava certa e que aquela praça dos pesadelos virou as do sonho. De tão atraente que estava a praça, estava cheia, me espantei muito com a tal mudança e percebi que o medo que tinha só estava em meus olhos, por isso frequentemente a vou para refletir sobre as minhas ações. Numa terça-feira fria, na praça, apareceu uma borboleta e pousou numa flor que estava à minha frente, suas cores impregnava o meu olhar, criou-me palavras e me trouxe a paz, suas cores foi um contraste em meus olhos e na minha boca a conquistou um sorriso. Queria saber se aquela borboleta era tudo o que precisava ver se realmente foi sua beleza ou apenas o meu psicológico porque após isso minha vida não é mais a de antes. Já vi muitas borboletas, mas nenhuma é quão bela e especial como aquela.
Gostaria de ter longas asas, poder ver tudo em um ângulo só, lá do céu. Não teria racionalidade em compreender cada erro das pessoas ou até os meus, os meus dias iriam ser mais sensatos, meu ciclo de vida iria ter só uma função e um objetivo, voar. Não teria o dom de falar e assim não erraria em cada palavra solta, voaria até ser um casulo novamente, iria a cada atração turística de todo o planeta e se pudesse voaria até alguma outra dimensão, voaria e ficaria pra sempre pertinho de quem eu amo, iria observá-lo o dia todo e não me importaria se ele me pisasse ou me ignorasse...
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